V Congresso Internacional da Ordem dos Médicos Cabo-Verdianos: Lei de transplante de órgãos, formação e literacia em saúde dominaram o debate

A Ordem dos Médicos Cabo-Verdianos realizou de 26 a 29 de setembro, na ilha de São Vicente, o seu V Congresso Internacional, sob o lema “Inovar para aumentar o acesso a saúde”. O encontro contou com a presença dos bastonários das ordens dos médicos da CPLP, firmou parcerias de formação e destacou a importância da literacia em saúde com o intuito de impulsionar a inovação tecnológica neste setor em Cabo Verde.

Os dias 26 e 27 foram reservados para os cursos pré-congresso sobre Urgências em Pediatria, Abordagem Atualizada à Gestante e Gestão em Saúde e Liderança, com o objetivo de atualizar e melhor capacitar os médicos cabo-verdianos.

O Centro Cultural do Mindelo foi o palco da sessão de abertura do evento, no dia 27, que foi estreada pela conferência “Unindo Inovação e Acesso: Construindo um Futuro Mais Saudável para Todos”, cujo orador foi Dario Dantas.

O Presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, que presidiu a sessão de abertura, pediu ao Governo para avançar com a proposta de lei sobre transplante de órgãos no país para minimizar os efeitos sociais para as famílias e para a providencia social.

Em resposta, o Secretário Adjunto da Ministra da Saúde, Evandro Monteiro afirmou que “temos que ter capacidade instalada em Cabo Verde para estudar esses rins transplantados que de fato estão em condições idóneas para permanecer com um nível de funcionalidade adequada”.

Os trabalhos do congresso realizaram-se nos dias 28 e 29, na Universidade do Mindelo, tendo sido abordados diversos temas sob a forma de conferências, palestras, mesas-redondas, temas livres, hot topics e sessões promocionais, ligados direta e indiretamente à medicina e saúde, com destaque para a literacia em saúde.

Porque, afirmou o Bastonário da Ordem dos Médicos Cabo-Verdianos, Dr. Danielson da Veiga, “mais do que ler folhetos médicos e compreender rótulos de medicamentos, almejamos que a nossa sociedade possa ter acesso, entender e usar informações de saúde de maneira eficaz, para tomar decisões informadas sobre a própria saúde e o cuidado com a saúde de outras pessoas”.

Por seu lado, Valéria Semedo, membro da Comissão Científica, destacou que o congresso permitiu uma grande troca de conhecimento, pois, reuniu vários parceiros nacionais e internacionais na área de formação e implementação de novas estratégias dos países com realidade parecida com a de Cabo Verde.