Médicos cabo-verdianos clamam por mais investimentos em formação e políticas de saúde

O Bastonário da Ordem dos Médicos Cabo-verdianos, Danielson da Veiga, está preocupado com os desafios enfrentados pela saúde em Cabo Verde e sublinhou a necessidade urgente de investimentos na formação médica e na continuidade das políticas de saúde.

Em entrevista à agência Lusa, o Bastonário da OMC reconheceu os sucessos alcançados em termos práticos e atribuiu-os à resiliência do povo cabo-verdiano, mas também apontou falhas no sistema de saúde, tendo realçado que os médicos muitas vezes enfrentam longas horas de trabalho e ficam sem tempo para a família ou educação contínua própria devido à falta de investimentos em formação médica contínua.

Danielson da Veiga lamentou a ausência de um plano abrangente de formação contínua para os médicos no país, bem como a falta de esforços dos governos sucessivos para implementar tais iniciativas, tendo destacado a necessidade de um compromisso político sólido para garantir a formação de especialistas em todas as áreas médicas a fim de o país ter um sistema de saúde “robusto e autossuficiente”.

O Bastonário da OMC destacou também a falta de outros técnicos de saúde, o que resulta em longas jornadas de trabalho para os profissionais existentes e, às vezes, afeta a qualidade do atendimento devido ao esgotamento físico e psicológico desses recursos.

Daí que Danielson da Veiga clama por uma mudança significativa e uma maior cooperação entre políticos e profissionais de saúde para que Cabo Verde possa superar os desafios que afetam o setor da saúde.