A situação do paludismo na Praia está “controlada”, assegurou a médica Maria da Luz Lima Mendonça à margem da cerimónia de encerramento de uma ação formativa de capacitação dos membros das comissões municipais de Saúde, esta terça-feira, na capital do país.
“Temos tido atividades de terreno musculado para combater e reduzir os focos de replicação dos mosquitos nos viveiros. Felizmente, a redução de casos é confortável para nós, mas temos que continuar com as atividades em força para que não haja mais casos de paludismo”, afirmou a médica, reforçando entretanto a importância do “reforço da parceria com a Câmara Municipal da Praia” com vista à destruição dos pardieiros e outros locais que contribuem para a proliferação de mosquitos.
Uma ideia corroborada por António Moreira, coordenador nacional de luta contra doenças de transmissão vetorial, em entrevista a Rádio Morabeza, à margem de uma formação em ”Educação Sanitária e prevenção das infecções por arboviroses”, que decorre na delegacia de Saúde de São Vicente. “É impossível acabar com os mosquitos”, afirmou Moreira.
É que, com o aumento da temperatura, a biologia do mosquito altera-se e leva menos tempo para se desenvolver. Por isso António Moreira alerta para a necessidade de ser feita uma luta diária. “É importante ter essa consciência e isso passa por diferentes sectores, incluindo a população, as comunidades, no sentido de juntos trabalharem para não haver doenças transmitidas por mosquitos”.
Para Maria da Luz Lima Mendonça concorda que a população também deve contribuir para a redução dos focos de mosquitos no país, colaborando na eliminação de águas paradas e de lixo, daí que “houve também o reforço, no terreno, de contactos porta-a-porta, assim como de publicidades ao nível dos media que nos têm ajudado de forma imensa na sensibilização das pessoas no sentido de evitarem situações que causem a criação de mosquitos vetores do paludismo”.
Assim, neste sábado, realizar-se-á uma “mega” campanha de limpeza em todos os bairros da cidade da Praia. Uma iniciativa da edilidade praiense, em parceria com a Delegacia de Saúde, que “vai contribuir imenso para a redução dos focos dos mosquitos” na cidade da Praia, que, até finais de Julho tinham sido registados 53 casos de paludismo, sendo 49 autóctones.
Fonte: Expresso das Ilhas