Brava: sistema de remoção do excesso de flúor e desinfeção da água vai ser reparado em setembro

O sistema de remoção do excesso de concentração de flúor e de desinfeção da água da nascente de Encontro, que abastece 90 por cento (%) da população e que se encontra avariado há vários meses, vai ser reparado em setembro. O administrador/delegado da Águabrava, José Rodrigues, disse à Inforpress que, após a instalação do sistema, em finais do ano passado, e da sua entrada em funcionamento, no início deste ano, registou-se uma avaria devido a oscilação de corrente elétrica que destruiu alguns equipamentos instalados, deixando o sistema inoperacional desde então.

Os equipamentos, explica, foram instalados por uma empresa portuguesa e como a avaria ocorreu durante o período de garantia, a empresa e o financiador acionaram a empresa para reparar a avaria. Para efeito, adiantou, foram adquiridos os equipamentos que se encontram na ilha do Fogo, sede da empresa, e que vão ser instalados a partir de 02 de setembro, já que os técnicos da empresa portuguesa estão de férias durante o mês de agosto.

 José Rodrigues afirmou que neste momento a água consumida na ilha Brava tem um excesso de concentração de flúor, no mínimo seis vezes mais do que o máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1.5 miligramas por litro de água. O projeto que custou cerca de 30 mil contos, incluindo a contribuição da Águabrava, foi financiado no quadro do MCA.

O sistema instalado é designado de “alumina ativada” e dispõe de um filtro de 2.200 litros que contém um componente granular, que, quando a água passa por ele, funciona como íman, atraindo o flúor e deixa passar água quase sem flúor. O sistema funciona com um ecrã tático que monitora todo o sistema. Com a ligação da nascente ao sistema de telegestão, no futuro, pode-se monitorar tudo a partir da sede da empresa em São Filipe, explicou o responsável.

Análises efetuadas após o tratamento com o sistema instalado indicava a redução de concentração de flúor para 0.68 miligramas/litro de água, menos de metade do máximo recomendado pela OMS, que é de 1.5 miligramas por litro de água, e menos de 12 vezes ao valor de flúor presente na água que ao longo dos anos vem sendo consumida pela população.

O administrador/delegado da empresa intermunicipal de águas, Águabrava, que explora e fornece água à região Fogo e Brava, espera que com a reparação, o sistema volte a funcionar normalmente para resolver esta situação que constitui um problema de saúde pública. A elevada concentração de flúor na água de nascente de Encontro foi confirmada em 1994, após uma análise da água, e desde então as autoridades têm batalhado para a sua correção.

Fonte: SAPO c/ Inforpress