Ministério da Saúde de mãos dadas com Dentistas sem Fronteira

No âmbito do protocolo entre o Ministério da Saúde e a Organização Não Governamental (ONG), “Dentistas Sem Fronteira”, encontra-se em Cabo Verde um grupo de médicos dentistas alemãs, a desenvolver um trabalho comunitário em matéria de saúde oral destinado sobretudo para a população ou classe mais desfavorecida nos próximos cinco anos.

Para Ozias Fernandes, coordenador do Programa Saúde Oral, é uma mais-valia para a população visto que o serviço público tem vindo a oferecer extração dentária, mas que existe uma grande necessidade de dar os tratamentos dentários á população, e esta se torna uma grande oportunidade de presentear as pessoas que não têm como custear esses tratamentos. 

Portanto esta ONG, está aqui para garantir diversos tipos de tratamento oral como restauração dentária, tratamento de canal dentário e limpeza em todas as instituições públicas para crianças, grávidas, idosos, diabéticos, hipertensos e a população em geral de forma gratuita. Somente a prótese não foi comtemplada porque requer um custo avultado que de momento não é possível.

Os “Dentistas Sem Fronteiras” trouxeram a Cabo Verde todos os materiais necessários para este trabalho, que consiste em 4 consultórios móveis e todo o material necessário para tratar os pacientes.

De momento, a equipa encontra-se no Centro da Saúde de Ponta D`agua, mas deseja passar por todos os pontos de Cabo Verde.

Há claramente uma incapacidade dos dirigentes do nosso Serviço Nacional de Saúde em criar condições para estabelecimento de parcerias com os privados nacionais, nas mais diversas áreas, perspectivando a optimização dos recursos nacionais na prestação de cuidados de saúde à população. O Estado não deve ter a pretensão de ter o monopólio de atendimento em todas as áreas, à totalidade da população, assim como não deve deixar também a população mais carenciada a “mercê” da boa vontade das ONG estrangeiras, numa área tão importante como a Saúde Oral.

Deve-se criar condições institucionais necessárias para que os privados nacionais possam, em sã competição, baseada no preço e na qualidade, com os Serviços Públicos.