OMC alerta Ministério e profissionais de Saúde a dar máxima importância à deteção precoce e ao tratamento da hipertensão arterial

O Bastonário da Ordem dos Médicos alertou ao Ministério da Saúde e aos profissionais do setor na terça-feira, 17, durante as atividades que assinalaram o Dia Mundial da Hipertensão, realizadas na sede da OMC, que é fundamental “dar a máxima importância à deteção precoce e ao tratamento da hipertensão arterial e a melhorar cada vez mais os mecanismos de prevenção e deteção precoce das suas complicações, como avc, infato do miorcárdio e doenças renais”.

Danielson da Veiga reconheceu “os avanços importantes que se vão registando no nosso sistema nacional de saúde, com o aumento de profissionais e estruturas de saúde, e a diversificação de instrumentos, aparelhos e serviços de saúde”, mas avisou que “ainda nos falta um serviço especializado de atendimento pre-hospitalar e atendimento especializado de cuidados primários, que consideramos um dos pilares fundamentais de suporte ao nosso sistema de saúde”.

A OMC, garantiu o Bastonário da OMC, tem feito a sua parte através do Colégio de Cardiologia, que tem trabalhado no sentido de “alavancar o conhecimento, promover a revisão atualizada de informação técnica e cientifica sobre a tensão arterial com enfase nos critérios de diagnóstico, classificação, tratamento e follow up da tensão arterial como forma de controle da sua prevalência, que cada vez mais tem ocupado posições de destaque entre as doenças não infeciosas e afetado a qualidade de vida e bem estar de famílias e gerações”.

Dario Dantas dos Reis, cardiologista e ex-Bastonário da OMC, corroborou o atual líder da Ordem, afirmando durante a palestra que proferiu na mesma ocasião, afirmando que é necessário “tratar de forma efetiva todos os graus de tensão arterial”. Caso contrário, disse o médico, “surgem problemas que, uma vez surgidos, na grande maioria dos casos não tem retorno, mas uma progressão para os acidentes finais, como o infarto do miocárdio, e que não têm solução possível”.

Por sua vez, o Secretário de Estado da Saúde, Evandro Monteiro, garantiu durante a sua intervenção que o Ministério da Saúde também está a fazer a sua parte. Através do seu programa de nutrição, e em estreita cooperação com os seus parceiros, o MS “está a elaborar um decreto lei, já em fase avançada, sobre a regulação do sal, do açúcar e da gordura nos alimentos em Cabo Verde, que irão contribuir para a redução de certos fatores de risco associados”, afirmou o governante.

Ainda segundo Evandro Monteiro, “o INSP tem vindo a trabalhar de forma determinada e com foco, sobretudo na detenção primária e investigação em saúde, reforçando também com isso as medidas que promovem a saúde e previnem as doenças, assim como criar linhas orientadoras que reforçam a capacidade e o conhecimento técnico em saúde individual e do coletivo para salvaguarda da saúde pública, tendo em conta a universalidade e sobretudo a excelência que se deseja”.