O coordenador do Programa Nacional de Prevenção e luta contra Doenças Vectoriais, António Moreira informou este fim de semana, em Santo Antão, que “neste momento” não há registos de qualquer caso de zika e dengue, em Cabo Verde.
“Neste momento, a nível nacional, não temos registado casos de dengue e zika, mas em relação ao paludismo tem havido alguns casos somente na Cidade da Praia”, explicou António Moreira. Este responsável falava no término de uma acção de formação de dois dias para os agentes de saúde em Santo Antão, que decorreu no Porto Novo, no âmbito da estratégia do Ministério da Saúde de prevenção e combate a doenças transmitidas por mosquitos.
A formação teve como objectivo capacitar os técnicos de saúde para um trabalho preventivo de proximidade com as comunidades, para se evitar a densidade de mosquitos nesta época do ano. A ausência de casos de dengue e zika deixa satisfeito as autoridades sanitárias que, com esta formação, pretendem reforçar a intervenção do Ministério da Saúde a nível de prevenção e combate de doenças vectoriais.
Entretanto, um caso de paludismo importado foi registado, recentemente, na cidade do Porto do Novo, envolvendo um cidadão da costa ocidental africana que fixou residência no bairro de Abufadouro. De acordo com as autoridades sanitárias, o caso foi registado em meados de Julho, quando o cidadão proveniente, provavelmente, da Nigéria, recorreu aos serviços de saúde com sintomas de paludismo, que acabou sendo confirmado.
Ultimamente, a Câmara Municipal do Porto Novo e a Delegacia de Saúde, em parceria com as associações de cariz social, têm levado a cabo, aos fins-de-semana, campanhas de limpeza nos diferentes bairros da cidade do Porto Novo, visando reforçar a luta anti-vectorial nessa urbe, que tem enfrentado algumas dificuldades a nível do saneamento.
Além de vazamento de esgotos em alguns pontos da cidade, por causa da saturação da já obsoleta rede de esgotos, as autoridades municipais têm estado também a braços com o problema de recolha do lixo devido a avarias nas viaturas para o feito.
A edilidade tem recorrido a meios alternativos para minimizar a situação, mas são muitas as queixas dos munícipes em relação ao cheiro nauseabundo e ao surgimento de focos de mosquitos sobretudo nos bairros periféricos.
Fonte: Inforpress