Cabo Verde faz parte da mais recente lista de países terceiros afetados pela crise dos ovos ou subprodutos contaminados oriundos da Bélgica.
A lista de países afetados pelo comércio ou distribuição de ovos contaminados com Fipronil – pesticida expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano – inclui 25 Estados-membros da União Europeia (apenas Portugal, Croácia e Lituânia ficam fora), dois dos três países da Área Económica Europeia (Noruega e Liechtenstein) e 19 países terceiros, nomeadamente Cabo Verde.
Segundo o RASFF – Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais — 11 destes países terceiros receberam ovos ou produtos contaminados no seu território, incluindo Cabo Verde, Angola e Suíça, tendo os produtos nos restantes 8, sido detetados em navios.
O alerta alimentar devido à suspeita de contaminação de ovos com um pesticida tóxico foi lançada pela Holanda a 3 de agosto deste ano. O caso está a ser acompanhado de perto por Bruxelas, sede da União Europeia, já que os ovos em questão são exportados para vários mercados europeus.
As suspeitas de recurso ao Fipronil, um pesticida contra ácaros e incestos, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como tóxico para os humanos, afeta explorações avícolas na Holanda, mas também na vizinha Bélgica. Nos dois países foram fechadas cerca de 200 explorações por “representarem perigo para os humanos”.
Segundo a Comissão Europeia, a fraude que conduziu à contaminação de ovos pelo inseticida Fipronil remonta a Setembro de 2016, precisando na altura que 34 países, a maioria na Europa, foram atingidos pela situação. Aguarda-se um posicionamento das autoridades nacionais.